terça-feira, 27 de julho de 2010

Culpa e Arrependimento

Já a algum tempo venho desejando escrever sobre culpa, que embora seja um tema por vezes "difícil", é uma idéia forte em mim, presente, pra ser citada aqui.

Não é exatamente difícil, mas é denso, complexo e delicado, pela enorme quantidade de idéias e sentimentos que se manifestam. Afinal culpa, a mim, parece uma ferrugem, entranhada, arraigada, consumidora, uma tormenta de auto-cobranças, destrutiva, imputada à condição humana.

Quando vejo culpa, vejo cobrança, punição, "carga" e subtração de valor próprio e amor, como coisa de "mexida em ego". Mas, hoje, entendo que culpa é só um sentimento, uma idéia, uma cobrança estranha, invasora, que adquirimos do meio, no meio, e o que é pior: pelo meio. Culpa, que então, entranhada, você se acostuma, aceita e respeita, direcionando por ela, seus passos, escolhas, sentimentos, ações e pensamentos.

2 comentários:

  1. Por tão pouco, por muito.
    Não importa..
    Culpa...Sentimento que traz dor..
    Mas aí... temos que escolher, fechar portas e não sentir culpa, ou abrir..e deixar a luz entrar?

    Errar todos erramos, viver todos queremos viver, não existe a segurança do sucesso eterno.
    A vida é generosa. A cada nova porta que se vive, descobrem-se tantas outras portas!

    Assim aprendemos e a vida enriquece quem se arrisca a abrir novas portas.
    Mas e a culpa?
    Cabe a cada um conviver ou combater..
    A vida privilegia quem descobre os seus segredos e generosamente oferece afortunadas portas.
    Mas a vida também pode ser dura e severa.
    Se você não ultrapassar a porta, talvez nunca descubra o que há nela.
    É a repetição perante a criação, é a monotonia monocromática perante a multiplicidade das cores, é a estagnação da vida...
    Para a vida, as portas não são obstáculos, mas sim diferentes passagens... ou arriscamos e tropeçamos, ralamos o joelho, ou saímos ilesos sem nenhum arranhão, sem nenhum ferimento...e SEM CULPA.

    ResponderExcluir
  2. Tudo que sentimos é nosso, nos pertence e sendo assim se sentimos "culpa", ela é nossa, nos pertence. Não podemos nos livrar da água do banho em nossa pele sem que nos sequemos ou que ela se evapore naturalmente. Assim vejo a culpa, se vem é porque se faz necessária, é o nosso termometro emocional, é o que nos diz que fizemos algo que nos foi doloroso ou pior, que causou dor em outra pessoa. Porém o término da culpa se constuí quando nos aceitamos, quando encaramos nossas falhas de frente ou quando a culpa se vai naturalmente com o passar do tempo.Tempo...mas essa é uma outra história...

    ResponderExcluir

Seja muito bem vindo !