sexta-feira, 26 de maio de 2017

Sobre a transformação...

Hoje me sinto assim,
fortalecido pela compreensão que alcancei,
pelos caminhos que tomei e me conheci melhor,
pelas escolhas que fiz e descobri minha dor.

Hoje me sinto mais livre.
Removendo um pouco das responsabilidades que me pesaram tanto tempo,
esclarecendo circunstâncias que tratei-as como um peso,
hoje começo a sentir como é me cuidar.

Hoje redescobri coisas simples.
Me senti bem ao olhar para mim mesmo,
senti a satisfação de ler o meu livro
e compreender a rotina que construi para mim.

Hoje me senti desacelerado, calmo.
Relaxado, respirando meu próprio ar,
ouvi música, senti vontade de dançar
e deixei as ondas em mim conduzir meus passos.

Hoje visitei minha própria história, esquecida.
Olhei para as ruas que passei e retornei,
compreendi que naveguei,
e despertei com as emoções esquecidas.

Hoje não sinto medo.
Mas, que algo mudou e que me liberta,
a calma, como não sentia,
e o cativeiro não está mais em mim.

Hoje sinto falta,
de ter me negado o conforto,
de ter me negado o abraço.

Hoje não me canso,
descubro outro caminho,
com novos passos em uma nova direção.

Hoje me sinto em paz.

terça-feira, 23 de maio de 2017

Sobre fragilidade...

Hoje me sinto assim...
Fragilizado pelas escolhas que fiz,
pelos caminhos que tomei sem pensar,
pelas escolhas que deixei que fizessem por mim.

Hoje me sinto preso.
Sobrecarregado de responsabilidades que não são sobre mim,
e circunstâncias que se tornaram um peso,
e de mim mesmo descuido.

Hoje sinto falta de coisas simples.
Falta de estar sozinho,
de ler um livro quando tiver vontade,
de uma rotina que eu sinta minha.

Hoje sinto falta de desacelerar.
Falta de respirar a poesia do ar,
de ouvir a dança das ondas no mar,
de sentir a brisa da praia.

Hoje sinto falta de visitar histórias.
Falta de passear por ruas sem destino,
de simplesmente navegar,
de sentir as emoções que me despertam.

Hoje sinto medo.
Medo do que me aprisiona,
da ansiedade que me desespera,
do cativeiro que se releva.

Hoje sinto falta,
do conforto que me acolhe,
do abraço que me alimenta.

Hoje sinto cansaço,
de caminhar por caminhos que nada me acrescentam,
de insistir em passos que me afastam de mim mesmo.


Hoje me sinto frágil.

segunda-feira, 1 de maio de 2017

Deve haver algum lugar

Onde as regras não possam ser quebradas,
e que sejam elas fieis ao humano.
Onde as mentiras não possam ser contadas,
de forma que os sentimentos não possam ser feridos.

Onde não haja necessidade de esperança,
uma vez que a certeza seja real.
Onde o sono seja tranquilo
e os bons sonhos o caminho de todos.

Onde se possa olhar nos olhos do outro
sem o medo de se perder neles.
Onde o abraço seja acolhedor
e a palavra sincera.

E é pra lá que eu vou, pois deve deve haver algum lugar assim ...

Onde se possa sentir o sol na pele,
respirar o ar fresco,
sorrir e mostrar-se sem medo,
e onde no mundo você se sinta em casa.

Onde se possa dar as mãos
caminhando juntos em uma direção
Onde o divino em cada um de nós
seja a razão de todo caminhar.

Onde se deseje aprender com cada experiência
e a ambição de todos seja por sabedoria e amor.
Onde todos possam construir um mundo melhor,
e que este não seja apenas um lugar que eu sonhei.

Porque é pra lá que eu vou, pois deve deve haver algum lugar assim ...